quinta-feira, 16 de agosto de 2012

HOJE, 16 DE AGOSTO, 135º ANO DO NASCIMENTO DE MEU AVÔ JOAQUIM PIANTINO




     Gioachino Giuseppe Piantino natural de Gaglianico, região do Piemonte, norte da Itália, nasceu em 16 de agosto de 1877, filho de Giovanni Piantino e de Teresa Borri Piantino.  Veio para o Brasil com 14 anos de idade, na companhia de seu irmão Giuseppe, para encontrar-se com seu outro irmão Carlo que aqui já trabalhava há mais de um ano.
    Antes de se radicarem em Passos, os irmãos Piantino residiram em Santos, Ribeirão Preto, Franca e Cássia, trabalhando na construção civil, porque eram especialistas em edificações em alvenaria e concreto, coisa rara no Brasil daquele tempo, principalmente nas cidades do interior, onde se usavam as paredes feitas de taipa.
     A Irmandade do Rosário, precisando reformar a Igreja existente onde é hoje o Prédio da Prefeitura de Passos, tomou conhecimento de uns italianos que faziam um trabalho usando alvenaria em Cássia. Os contatou e, posteriormente, os contratou para a construção em alvenaria do frontispício e das torres da Igreja do Rosário, construídos em taipa.
     José Esteves Pereira de Mello, que era membro da Irmandade do Rosário, ficou admirado com a perícia, a disposição e a competência dos italianos. Terminada a obra, os italianos resolveram aqui se radicar e trazer o restante da família, o pai viúvo, uma irmã e três irmãos, que ficara na Itália.
     Coincidência ou não, anos depois Gioachino, que já havia se tornado Joaquim, casou-se com Anézia Pereira de Mello, neta de José Esteves Pereira de Mello. Da união nasceram nove filhos: João, José Esteves, Jocílio, Ézio, Joaquim Filho, Emílio, Pedro, Menotti e Maria Izabel.

O Terreno foi Dividido em 18 Lotes

     Joaquim Piantino foi pioneiro em vários empreendimentos industriais, na época pouco conhecidos em Passos: instalou as primeiras máquinas movidas a eletricidade para beneficiar arroz e café, para fabricar farinha e fubá e uma serraria. Fazendeiro, montou em sua fazenda uma olaria para a produção de tijolos e foi pioneiro também no fabrico de telhas tipo francesa.

Até hoje pertence aos Herdeiros de Joaquim Piantino

     Faleceu em Passos no dia 29 de julho de 1958.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

HOMENAGEM AOS PIANTINOS


     O Povo de Passos, através de seus representantes, homenageou vários membros da Família Piantino, num reconhecimento a todos que trabalharam para o desenvolvimento do município.

                                           A Rodovia MG-050 foi destacada como referência


      A Todos os Piantinos: (*)

      Joaquim (Gioachino) Piantino (*), filho do Patriarca Giovanni:



       Jocílio Piantino, filho de Joaquim (Gioachino) Piantino:




     Emílio Piantino, filho de Joaquim (Gioachino) Piantino:







(*) As Homenagens são tão antigas (Anteriores a 1.961) que não consegui encontrar as Leis no site da Câmara Municipal de Passos.

sábado, 3 de abril de 2010

PONTILHÃO DA SANTA CASA

No cruzamento das atuais ruas Santa Casa e Dr. Sepúlveda, hoje provido de uma rotatória ou rotunda, até a década dos setenta do século passado, quando as duas ruas se cruzavam em níveis diferentes, existia um Pontilhão. Para quem se dirigia à Santa Casa de Misericórdia a pé, “transporte” mais comum à época, o acesso era feito através de uma longa escadaria de alvenaria. Escadaria essa que o pessoal menos educado ou “apertado” usava como mictório, deixando no ar permanentemente um inconfundível cheiro de banheiro de rodoviária.






O Pontilhão da Santa Casa, nome inapropriado porque Pontilhão, segundo o Aurélio é um diminutivo irregular de PONTE. Ponte, segundo o mesmo dicionário, significa construção destinada a estabelecer ligação entre margens opostas de um curso de água ou de outra superfície líquida qualquer.

Como o Pontilhão da Santa Casa não ligava duas margens opostas de nenhum curso de água, o nome mais apropriado seria VIADUTO: “construção destinada a transpor uma depressão de terreno ou a servir de passagem superior”.

Veja só que chique. Passos já teve Viaduto. Destruído e enterrado, em nome do progresso, para dar lugar a um verdadeiro tobogã, com um aclive tão acentuado que não permite a circulação de veículos pesados. Aliás, atitude recorrente das administrações públicas passenses, que não vêem com bons olhos as coisas antigas, consideradas velharias inúteis.

Os Piantinos, que vieram para o Brasil em 1892 e trabalharam como construtores, especializados que eram em alvenaria e concreto armado, foram contratados pela Irmandade da Igreja do Rosário (também demolida) para construir, em alvenaria, o frontispício da igreja, incluindo as duas torres.

Por aqui ficaram e se estabeleceram, depois que receberam como parte do pagamento pelo trabalho na Igreja do Rosário uma casa, trazendo o restante da família.

O Viaduto da Santa Casa tem (ou tinha) para mim um valor sentimental inestimável. Segundo o livro Câmara de Passos – 150 Anos de Antônio Grilo, foram os Piantinos que construíram o Viaduto da Santa Casa. O Livro cita um contrato da Câmara com o italiano Carlo Piantino para a construção do viaduto. Tio Carlos, apesar de não ser o mais velho dos irmãos, era quem liderava o grupo, formado por seus irmãos e outros italianos naturais de Gaglianico que vieram com eles para o Brasil.



sábado, 15 de novembro de 2008

PRONÚNCIA DO NOME GAGLIANICO.

Havia uma dúvida quanto à pronúncia correta do nome da comuna (cidade) de onde vieram os Piantinos que se radicaram em Passos, MG: a sílaba tônica era no (ni), Galhia(ni)co, ou no segundo (a), Galhi(á)nico, com o “a” aberto.

Se não me falha a memória, meu avô Joaquim Piantino, (Gioacchino Piantino no original) que faleceu quando eu tinha 18 anos, pronunciava galhia(ni)co, com a sílaba tônica no (ni). Meu pai, Jocílio Piantino, também. Talvez por influência do dialeto local.

Recentemente, dois italianos, conhecedores da língua culta, garantiram que a pronúncia correta é a segunda. Dou a mão à palmatória, desconfiando de minha memória, e passo a usá-la; GALHI(Á)NICO.

OS SOBRENOMES MAIS COMUNS EM GAGLIANICO.

Na ordem decrescente de quantidade de pessoas com determinado sobrenome, estão relacionados abaixo os dez mais comuns encontrados na Comuna de Gaglianico, Itália.

1 - Quaregna;

2 - Mussone;

3 - Borri;

4 - Quiocchetti;

5 - Mosca;

6 - Lanza;

7 - Piantino;

8 - Antonello;

9 - Garizio;

10 - Busancano.

Os três primeiros sobrenomes estão ligados à família Piantino:

1 - Quaregna (pronuncia-se Quarenha) é o sobrenome de Tia Pinota (Giuseppa Quaregna Piantino), casada com Giuseppe Piantino, o único dos filhos do patriarca Giovanni Piantino casado na Itália.

2 - Mussone, sobrenome da esposa do Ezio Piantino, já citado neste Blog, que correspondia com meu pai, Jocílio Piantino.

3 - Borri, sobrenome da esposa do patriarca Giovanni Piantino, Teresa Borri Piantino, minha bisavó.

(Fonte: Google).

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

BODAS DE OURO DE JOAQUIM PIANTINO E ANEZIA DE MELLO PIANTINO

Bodas de Ouro do casal Joaquim (Gioacchino) Piantino e Anezia de Mello Piantino, meus avós, realizada em fevereiro de 1958. Na foto aparecem todos os descendentes do casal a época. Nove filhos, todos casados e com filhos: João, José Esteves, Jocílio (meu pai), Ézio, Joaquim Filho, Maria Izabel (única filha), Emílio, Pedro e Menotti. Dos nove filhos três faleceram: José Esteves, Jocílio e Emílio. O mais velho, João, completará 100 anos no próximo ano (2009) e o caçula, Menotti, completou 80 este ano.
Somos 48 netos dos quais 40 aparecem na foto; 8 nasceram após as Bodas de Ouro. Dos 48 netos, 5 faleceram. Portanto hoje, tirante os bisnetos, trinetos e tetranetos (?) cuja quantidade desconheço, somos 49 descendentes de Joaquim (Gioacchino) Piantino vivos.
Não sei o número de bisnetos porque ninguém (salvo raríssimas exceções,) até hoje se interessou em mandar informações para este blog. Na foto aparece a única bisneta do casal a época: Júlia Maria Piantino Cançado, no colo de seu avô João Piantino.
Na foto, o "bonitão" de gravata borboleta na primeira fila superior entre o Joaquim Filho e o Jocílio sou eu.
Peço aos Piantinos descendentes dos irmãos de Joaquim (Gioacchino) que mandem fotos de suas famílias para serem publicadas neste blog e informações para completarmos a árvore Genealógica de nossa família.

sexta-feira, 16 de março de 2007

TIO QUINTO


Dos sete filhos do Patriarca Giovanni Piantino, tirante meu avô Gioachino (Joaquim) Piantino, conheci pessoalmente dois deles: Pietro (tio Pedro) e tio Quinto. Chamava-os de tio imitando meu pai.

Um deles foi uma pessoa marcante na minha infância pelo exemplo e competência no trabalho, sempre bem feito e com muita dedicação. Foi o tio Quinto.

Construtor de mão cheia, como diria minha mãe, tio Quinto foi o responsável pela construção da casa de minha família, situada à Rua Deputado Lourenço de Andrade nº 644 em Passos.

Morávamos ao lado da construção. Eu, com meus 10 anos, acompanhei a obra desde as fundações. Aliás, fundações que me impressionaram. Naquela época o alicerce era feito de pedras socadas no fundo das valas. Usava-se uma ferramenta apelidada, não sei porque, de “chocolate”: um cabo de ferro maciço com um cilindro abaulado na ponta, também de ferro maciço, pesado pra caramba. Socando com o “chocolate” abriam-se buracos cilíndricos que eram preenchidos com pedras, também socadas. As pedras só eram colocadas no buraco após inspeção do tio Quinto.

Depois de abertos vários buracos, o operário chamou tio Quinto, perguntando se podia colocar as pedras. Ele olhou e disse “soca mais”. O servente ficou puto e, quando viu tio Quinto pelas costas, resmungou: “este italiano tá doido”.

No terceiro buraco o “chocolate”, cujo cabo tinha mais de metro e setenta, afundou, desaparecendo. “Cava em roda do buraco”, disse tio Quinto; depois de algumas “enxadãozadas” apareceu uma grande loca de um antigo formigueiro. O mesmo aconteceu em vários buracos ao longo do alicerce.

O homem do “chocolate”, depois do achado da primeira loca, disse baixinho: “O danado desse italiano sabe das coisas, sô”.

A lição de um homem simples, mas sábio e competente, serviu-me pro resto da vida. Se se propuser fazer algo na vida, faça o bem feito ou nem começa. A experiência de tio Quinto indicava que poderia haver velhos formigueiros no terreno. Não apareceu nenhum nas primeiras socadas. Se não houvesse insistido, com certeza o prédio não cairia, mas apareceriam muitas trincas, desvalorizando o imóvel.

Pela experiência, competência e dedicação de um profissional consciente de suas responsabilidades, um prédio pesadão, porque construído com paredes de um tijolo e meio, está lá até hoje, depois de 57 anos, firme e rijo, sem uma trinca sequer. E pelo que vi da base, pode receber mais dois andares sem qualquer problema.

FOTO enviada por Celso Piantino.